5.4.11
A Negação da Política e a Obsessão de Sócrates
A partidarite é uma espécie de doença degenerativa da vida política, talvez a coisa mais parecida com o fenómeno da clubite, no mundo do Desporto.
Tal como os fanáticos do Futebol, na realidade, não gostam especialmente deste desporto, mas apenas de um facto puro e duro, i.e., querem sempre que o seu clube ganhe, com mérito ou sem ele, com penalties inventados ou forçados, com lisura ou sem ela, também os fanáticos dos Partidos, os seus caciques, os seus dirigentes, maiores e menores, sobretudo, estes, que, na sua grande maioria, por mérito próprio dificilmente ascenderiam a lugares cimeiros da vida política, social ou empresarial.
Também esses deletérios agentes são o veneno da actividade política, nobre em si mesma, saliente-se, porque visa servir a Comunidade.
Até que isto seja comummente entendido, não haverá na Comunidade real possibilidade de regeneração, seja ela económica, política, social ou outra, pelo que, sob tão sinistro influxo, tal Comunidade continuará a degradar-se, a afundar-se, com mais ou menos produção de vozearia e chuva de acusações recíprocas, como ainda há pouco tivemos oacsião de ver exemplo elucidativo, na entrevista falhada do Primeiro-Ministro.
Saliento nela a sua obsessão em atacar todo o tempo o PSD e só este Partido, apesar de os demais partidos terem rejeitado o PEC IV, por ele erigido em derradeiro instrumento de salvação do País, como o haviam sido o III, o II e o I.
Pouco respondeu às perguntas dos jornalistas, que me pareceram apostados em fazer o seu trabalho, denotando preparação prévia para o que julgavam dever tratar-se : uma entrevista.
Em vez disso, porém, foram contemplados com extensos monólogos do PM, quase sempre desligados das perguntas formuladas.
José Sócrates esteve sempre em Propaganda frenética, debitando a sua cassete predilecta : o País ia bem, mas o PSD destruiu esse caminho de recuperação em curso; toda a crise nacional resulta da internacional, agravada pela oposição anti-patriótica do PSD.
E daqui não sai.
Quanto tempo teremos ainda de aturar esta demência governativa ?
Quosque tandem... ?
AV_Lisboa, 04 de Abril de 2011
Uma coisa é a política e outra é a governação. Se a primeira visa a conquista e a manutenção do poder, está-se mesmo a ver que a segunda fica em segundíssimo plano. E só será tida em conta se tal contribuir para o sucesso da primeira. Porém, como governação é mais cara e complicada, segue-se quase sempra a via da mentira e da repressão.
Este cidadão Pinto de Sousa, é a prova evidente de que, sendo um excelente político — e isto não é um elogio —, é um desastroso governante.
Mas, pelos vistos, o que conta é o clubismo folclórico, como aqui diz e muito bem.
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